terça-feira, 2 de abril de 2013



O PECADO
O problema do ateu não é o fato de não acreditar em Deus, pois Deus é capaz de perdoá-lo; o problema do ateu, e é aí onde ele se ferra, é o fato de não crer na existência do demônio, achando que o pecado não existe.
Bolas!, é justamente isso que o diabo quer: que não se creia nele para ele sair por aí operando maldades nas vidas humanas. E a galera que nele não crê achar que está tudo normal, trocando a possibilidade do perdão de Deus pelo gozo de gozar os próprios erros eliminando a si mesmo o próprio direito ao arrependimento.
O cristão tem justamente Cristo pra isso: para pedir perdão pelo pecado. O ateu, não. Ele tem medo de pecar, pois tem medo de sentir culpa. E mais, não tem a quem pedir perdão.
Sendo assim, o cristianismo, por exemplo, existe pra isso mesmo... A igreja existe pra isso: você pecou, tem todo o direito de se render do pecado.
Ora, até porque religiosos não são santos isentos do pecado; são pecadores. Abertamente pecadores. Apenas reconhecem o direito do perdão pelo pecado. E isso é lindo!
De fato, infelizmente é isso que estamos vendo: as pessoas estão se conformando passivamente de terem ganhado abertamente, das mãos esquerdistas e revolucionárias, o direito de serem más sem que possam ser apontadas como más. Essa ideologia esquerdo-revolucionária da eliminação do pecado e da justiça serviu como uma luva fina para as mãos de quem tem pavor em ser criticado, embora mereça muito mais do que críticas; assim como serviu de máscara tenebrosa para aqueles que são falsos moralistas e tem horror à democracia. Achando que o preceito democrático (coisa só da cabeça deles) se reduz ao totalitarismo de não haver opinião contrária e à ditadura de se ter as vossas ideologias supremas e hegemônicas por uma maioria esmagadora, em detrimento da contraposição de uma minoria melhor preocupada com a sociedade e com as vidas humanas.
Infelizmente o homem está trocando o pecado pelo medo de pecar sem deixar de pecar, mas pecando com a justificativa que o pecado não existe. Esse é o grande problema: o homem anda com um desejo doentio de que sua consciência imoral seja afagada pela sua descrença do pecado e pela crença na inexistência da culpa.
Os homens estão cada vez mais covardes: estão com um medo sombrio da honestidade espiritual e da culpa natural da retidão. Não estão querendo sentir a culpa de serem culpados. É mais confortável.
Ora, é mais cômodo, psicologicamente, forçar a barra de ter a consciência limpa do que admitir uma vã consciência suja. Instintiva e naturalmente falando, longe de qualquer racionalidade ética, isso é a mais óbvia das coisas.

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